A Farsa dos Transgênicos (Leia-se A Farsa dos transgênicos BT) Recordando este assunto desagradavél - Anexo Vídeo Entrevista

A adoção dos transgênicos BT (Bacillus thuringiensis) com o gene produtor da toxina incorporado no tecido vegetal é proclamada no Brasil como a última maravilha na produção de milho e algodão, pelas multinacionais como a Monsanto, Novartis e outras. A matéria abaixo mostra a falsidade desta concepção. A supressão de uma praga no sistema complexo, favorece a outra, até a primeira ficar resistente! 

Folha de São Paulo em 14/05/2010: "Transgênico mata uma praga e traz outra



A adoção de uma variedade de algodão transgênico por fazendeiros chineses permitiu controlar as lagartas que são a principal ameaça a essa cultura, mas foi vítima de uma reviravolta ecológica: um percevejo outrora inofensivo virou praga. 
Presente na China há mais de uma década e aprovado para uso no Brasil só em 2009, o algodão transgênico Bt desfrutou de algumas boas safras. 
Agora, porém, a praga emergente afeta a produtividade do vegetal e se espalha também para o cultivo de frutas, afirma um estudo de cientistas da Academia Chinesa de Agronomia. 
Em artigo na revista "Science", o grupo mostra que os algodoeiros Bt estão enfrentando problemas pelo motivo inverso ao qual vinham sendo criticados por ambientalistas. 
Por muito tempo, transgênicos dessa variedade foram acusados de prejudicar insetos carismáticos, como a borboleta-monarca. Os percevejos mirídeos que viraram praga na China, porém, bem poderiam ter entrado nessa categoria antes. 
As plantas Bt são resistentes a algumas pragas porque têm incorporado em seu DNA um gene da bactéria Bacillus thuringiensis, produtora de toxina letal para certos insetos. Percevejos mirídeos, porém, não são afetados pelos transgênicos. 
"Antes da adoção do algodão Bt, um inseticida de amplo espectro contra [a lagarta] Helicoverpa armigera reduzia as populações de mirídeos; plantações de algodão atuavam como armadilhas sem saída", escrevem o cientista Yuyuan Go e seus colegas na "Science". 
O grupo, porém, não defende que a solução para o problema seja uma volta ao uso de agrotóxicos químicos do tipo mata-tudo, que costumam gerar danos ambientais mais graves. A solução, dizem, é investir no "manejo integrado de pragas" para não ter de abrir mão dos benefícios que o Bt trouxe, como evitar pragas resistentes. 
"No tratamento com inseticidas, às vezes é preciso usar três ou quatro tipos diferentes", afirma Olívia Arantes, geneticista da Embrapa Meio Ambiente especialista em Bt. Segundo ela, é improvável que o Bt também fosse se revelar uma solução para uso solitário. 
Antes de ser incorporada aos transgênicos, a toxina da bactéria era borrifada diretamente nas plantas. O receio de as pragas evoluírem criando resistência ao Bt, segundo ela, é pequeno, pois existem muitas variedades da proteína que constitui a toxina, permitindo que os produtores se adaptem. 
Na China, o algodão Bt teve tanto sucesso no fim da década de 1990 que se disseminou até conquistar 95% das fazendas dessa cultura. No Brasil, as estatísticas são incertas, porque esse transgênico começou a ser plantado de forma "pirata" antes da aprovação. Agora, as empresas Monsanto e Dow já podem comercializar a planta Bt. A Embrapa desenvolve novas variedades, ainda em teste. 
Segundo Arantes, para o país se beneficiar dessa tecnologia, é preciso dar atenção ao estudo de interações ecológicas entre pragas, disciplina que lida justamente com efeitos como o ocorrido na China. "Essa é uma área de pesquisa que já está bastante ampla", afirma.
Assista entrevista de um agricultor Canadense como foi penalizado pela Mon$anto nos tribunais.

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